domingo, 15 de abril de 2018

A lição que aprendi


A lição que aprendi

Se você tem filhos sabe que eles nos ensinam muito constantemente, quem dera parássemos para ouvi-los sempre, pois com toda certeza, eles tem muito mais a nos ensinar do que nós a eles... você já parou para ouvir o som contagiante que é a risada de seu filho ao se sentir voando no balanço de um parque, o meu filho me fez sentir isso um dia desses, o quanto o simples, pode ser mágico, o quanto menos é realmente mais e como a simplicidade traz em si a delicadeza da plenitude. Se você não os têm, vá num parque e ouça o som das crianças, o quanto eles contagiam apenas com um sorriso, observe seus comportamentos, suas atitudes, reflita e aprenda, você definitivamente, não irá se arrepender.
O simples os encanta. Pena que perdemos essa capacidade. Passamos a querer mais e mais. E para quê, se no final é na simplicidade do sorriso que somos plenamente felizes.
Como disse um dia desses meu filho me ensinou exatamente isso, e também, que preciso evoluir um pouco mais (muito mais).

Ele estava perto de alguns garotos no parque e pediu para brincar com eles, como um dos garotos estava muito interessado no caminhão enorme e ricamente cheio de apetrechos do outro disse a meu filho que ele não poderia brincar. Ele não se abateu e foi para o balanço, pouco tempo depois esses mesmos garotos vieram pedir os brinquedos dele (que por sinal eram os mais simples possíveis - pás e baldinhos, além de potes reutilizados como garrafas velhas e pote de molho de tomate). Eu me senti contrariada e por mim diria não, afinal, eles o ignoraram pouco antes, mas deixei que ele decidisse e resolvesse essa questão por si só. Claro que fiquei por perto, achando na minha gigantesca ignorância, que teria de intervir e resolver por ele, contudo para minha surpresa, sem o menor apego ele disse, podem sim claro!
Bom, me senti muito envergonhada internamente, pois, em sua infinita inocência, meu filho me mostrou o perdão. Ele poderia ter se vingado, ter dito que não, poderia ter zombado na cara deles, poderia ter esnobado, enfim ele poderia ter feito de tudo, mas ele optou pelo perdão, pela caridade, pelo amor, ele simplesmente esqueceu o que passou e seguiu em frente. Até porque aquele balanço estava tão divertido, para que ele iria estragar seu dia com coisinhas tão irrelevantes naquele momento para ele, por que iria transformar algo tão pequeno em uma avalanche de maldades que poderia gerar desconforto, discussão, intriga e sabe-se lá mais o quê.
Ele seguiu seu coração, que lhe dizia para apenas brincar e o resto se ajeitou por conta, ele não precisou brigar para poder brincar, bastou que fizesse o que foi para fazer ali, seguiu o seu propósito por mais simples que pareça.
E eu bem sei que o simples as vezes é o mais difícil, mas só as vezes, e isso por que somos nós que complicamos tudo por falta de mais simplicidade no olhar, e de não nos lembrarmos o que nos trouxe até aquele momento ou situação – as vezes a gente só vem pela diversão, e nada mais.
E Nosso dia foi assim, glorioso. E Partículas de ouro continuam a se manifestar em nossas vidas desde aquele dia. Lição aprendida filho (e agora repassada também).

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